rús.ti.co adj. 1. Campestre. 2. Grosseiro, ignorante, impolido, incivil, malcriado, rude. 3. Inculto, sem arte. 4. Bot. e Zool. Diz-se dos vegetais e dos animais que resistem bem às intempéries.
rús.ti.co
rús.ti.co
[R'ustiku] s. m. peasant, farmer; rustic; boor. adj. rustic, rural; countryfied; bucolic; rough; boorish.
horse-play
horse-play
n 1 grosseria. 2 brincadeira rude.
peas.ant
peas.ant
n 1 camponês, lavrador, agricultor. 2 pessoa rústica, caipira. // adj camponês, rústico.
boor
n 1 pessoa rude ou grosseira. 2 camponês, rústico.
Existe um fenômeno pouco reconhecido e muito evidente na sociedade: a rusticidade. Analisando comerciais e propagandas; o comportamento das pessoas e a mídia em geral percebem-se uma idéia preconcebida de imposição de personalidade e conseqüentemente comportamento. Tentando chegar a uma gênese sobre o assunto não pretendo entrar em dados psicológicos, apenas na influenciação que as “personalidades” vinculadas à mídia atual podem causar. Sabemos que a diversidade cultural cresce, ao passo que a educação escolar está cada vez mais defasada de recursos e o esforço dos professores sérios é hercúleo. O preocupante é a educação formal das universidades particulares cada vez mais industrializadas gerando uma sociedade cada vez maior de analfabetos funcionais. Na mídia, direcionada a quem consome determinados produtos apresentados nos intervalos dos programas televisivos temos muitos exemplos do comportamento em questão onde os apresentadores responsáveis baseados em porcentagens e pesquisas dizem ser o que apresentam o “gosto do publico”. A pergunta é se isto pode ser colocado como real; o publico influencia ou é influenciado? Pede determinados produtos ou os aceita? Talvez as duas questões ou pior, ainda não se realizou um estudo comportamental suficiente honesto para diagnosticar essa situação. A palavra rusticidade ou rústico é interessante, pois, sua própria fonética formaliza uma situação que vivemos hoje que é a velocidade; rústico e ríspido são palavras expressões que querem dizer muita coisa e no caso desse estudo formaliza um comportamento decorrente do nosso dia a dia. Veja por exemplo que em alguns comerciais televisivos existe a idéia do “se dar bem” e um exemplo gritante é a divulgação e determinada bebida alcoólica em que um rapaz é barrado por não estar vestido na cor vermelha, exigência da festa. Por intermédio de uma “paquera” o rapaz tem sua camisa manchada com a bebida de cor vermelha, e é liberado para entrar. Porem não satisfeito, o rapaz, faz um sinal deselegante para o segurança negro que o havia barrado; outro exemplo é a idéia institucionalizada que os comerciais automobilísticos possuem a exigência de apresentar a velocidade. Normalmente os carros nestes comerciais estão em movimento mais para velocidade do que o normal. Levando-se em conta este exemplo com o alto índice de acidentes fatais envolvendo imprudências e também o envolvimento de adolescentes em rachas, pode-se através de estudos sociológicos chegarem a alguma conclusão não muito agradável para o nosso “brazilian way of life”. Claro que existe todo um sistema que usufrui de pretensos comportamentos que podem ser mal interpretados, porem, ainda na televisão os personagens que apresentam programas parecem que estão mais voltados a dubiedade porque mostram-se extremamente grosseiros, variação de rústico, e os exemplos estão ai para as pessoas verem. Na música existe mais variação de grosseria e rusticidade do que propriamente de protesto, termo antigo e hoje ultrapassado, salvo em alguns grupos de Rap cuja marginalidade social já os coloca fora da mídia dita “artística” voltada ao entretenimento. O objeto deste estudo na música “popular” estabelece parâmetros do que está na mídia como campeão de vendas, o que estipula saber quem está comprando e o porquê de comprar. No caso de uma campeã de vendas que alem de cantora, boa cantora, aliás, mas com repertório discutível, é modelo, apresenta comercial de cerveja, apresentadora de TV e entre seus atributos comenta-se sua simpatia. O que é interessante nesta legitima representante da mídia atual, além de sua capacidade de atuação, é a unanimidade quanto a sua simpatia não sendo questionada sua produção musical cujo DVD prima com a música que supostamente alude a um doce de chupar comum na Bahia, “música” de extremo mau gosto; os exemplos são muitos e os que vêm da TV são muito gritantes. Aos domingos apresentadores lançam bordões previsíveis que demonstram certa precariedade no tratamento. Dois, de canais diferentes e rivais na audiência, transformam a historia de que o “povo pede“ em exemplos muito didáticos onde a voz de locutor de futebol acaba irritando com a altura com que é pronunciada e o segundo como uma delicadeza preocupada que nada tem de didática. Ambos foram envolvidos em acirrados debates quanto à qualidade de conteúdo televisivo e um deles chegou até a forjar um entrevista com representantes do PCC em farsa que culpou apenas produtor e não apresentador, como se o conteúdo fosse de total desconhecimento de quem apresenta. O resultado de toda trama culpou subordinados e nada foi feito quanto à qualidade que dispensa comentários. Alguns ainda apelam para mulheres nuas, disputas de paquera, piadas nem sempre muito éticas e outras coisas que fica difícil entender, já que estamos falando em padrão de qualidade e as pessoas que supostamente fazem parte destes programas ganham salários milionários que por si já os fariam participar de um mundo pretensamente culto. Com acesso a outros mundos do entretenimento e suas opções para uma melhor qualidade e acesso ao publico. Mesmo os veteranos que participaram da inauguração da nossa TV parecem que estão cada vez mais cegos para o problema da educação e insistem numa espontaneidade forçada impondo uma realidade que demonstra o que Joãozinho Trinta disse em uma de suas entrevistas: “Quem gosta de pobreza é intelectual pobre gosta de luxo”, será? O luxo não seria um irmão da classe e da elegância? Ir contra políticos nestes programas, defendendo uns, e protegendo outros com o dedo em riste cheio de diamantes não seria um contra-senso? Quando seu próprio programa poderia ser um exemplo de cultura para que as pessoas pudessem pensar por si mesmas? Outros ainda esperam impor o poder econômico do capitalismo com o bordão “Você está demitido” como se todo grande empresário tivesse a necessidade de ser arrogante, o que não é verdade. Impõem tudo, a cultura, maneira de vestir, de se portar, de cortar o cabelo, tudo é muito pensado, lançam modas faraônicas como casar em castelos franceses, importando vestidos de outros paises como se não houvesse gente com nome aqui capaz de ter bom gosto. Enquanto a maioria do povo ainda espera representantes dignos que não os pensem apenas como consumidores de sopa para emagrecer, mas os alertem de maneira imparcial fazendo bem o trabalho de divulgação da cultura essencialmente nacional essas pessoas introduzem a cultura texana do Country e esquecendo que nosso campo é farto em flora e fauna e nossa gente faz parte dessa natureza, exatamente ao contrário do deserto americano. O rococó coube apenas a um período renegado da cultura que ostentava o horror ao vazio e é esta a idéia desses personagens que se vestem, comem e se despem como se fossem todo dia a uma festa extravagante.Concluo que a rusticidade está exatamente em impor valores contra a nossa cultura, que de tão bela e frágil, fica a mercê de poderosos porque é simples, e o simples é muito difícil de fazer e no nosso caso está feito.
boor
n 1 pessoa rude ou grosseira. 2 camponês, rústico.
Existe um fenômeno pouco reconhecido e muito evidente na sociedade: a rusticidade. Analisando comerciais e propagandas; o comportamento das pessoas e a mídia em geral percebem-se uma idéia preconcebida de imposição de personalidade e conseqüentemente comportamento. Tentando chegar a uma gênese sobre o assunto não pretendo entrar em dados psicológicos, apenas na influenciação que as “personalidades” vinculadas à mídia atual podem causar. Sabemos que a diversidade cultural cresce, ao passo que a educação escolar está cada vez mais defasada de recursos e o esforço dos professores sérios é hercúleo. O preocupante é a educação formal das universidades particulares cada vez mais industrializadas gerando uma sociedade cada vez maior de analfabetos funcionais. Na mídia, direcionada a quem consome determinados produtos apresentados nos intervalos dos programas televisivos temos muitos exemplos do comportamento em questão onde os apresentadores responsáveis baseados em porcentagens e pesquisas dizem ser o que apresentam o “gosto do publico”. A pergunta é se isto pode ser colocado como real; o publico influencia ou é influenciado? Pede determinados produtos ou os aceita? Talvez as duas questões ou pior, ainda não se realizou um estudo comportamental suficiente honesto para diagnosticar essa situação. A palavra rusticidade ou rústico é interessante, pois, sua própria fonética formaliza uma situação que vivemos hoje que é a velocidade; rústico e ríspido são palavras expressões que querem dizer muita coisa e no caso desse estudo formaliza um comportamento decorrente do nosso dia a dia. Veja por exemplo que em alguns comerciais televisivos existe a idéia do “se dar bem” e um exemplo gritante é a divulgação e determinada bebida alcoólica em que um rapaz é barrado por não estar vestido na cor vermelha, exigência da festa. Por intermédio de uma “paquera” o rapaz tem sua camisa manchada com a bebida de cor vermelha, e é liberado para entrar. Porem não satisfeito, o rapaz, faz um sinal deselegante para o segurança negro que o havia barrado; outro exemplo é a idéia institucionalizada que os comerciais automobilísticos possuem a exigência de apresentar a velocidade. Normalmente os carros nestes comerciais estão em movimento mais para velocidade do que o normal. Levando-se em conta este exemplo com o alto índice de acidentes fatais envolvendo imprudências e também o envolvimento de adolescentes em rachas, pode-se através de estudos sociológicos chegarem a alguma conclusão não muito agradável para o nosso “brazilian way of life”. Claro que existe todo um sistema que usufrui de pretensos comportamentos que podem ser mal interpretados, porem, ainda na televisão os personagens que apresentam programas parecem que estão mais voltados a dubiedade porque mostram-se extremamente grosseiros, variação de rústico, e os exemplos estão ai para as pessoas verem. Na música existe mais variação de grosseria e rusticidade do que propriamente de protesto, termo antigo e hoje ultrapassado, salvo em alguns grupos de Rap cuja marginalidade social já os coloca fora da mídia dita “artística” voltada ao entretenimento. O objeto deste estudo na música “popular” estabelece parâmetros do que está na mídia como campeão de vendas, o que estipula saber quem está comprando e o porquê de comprar. No caso de uma campeã de vendas que alem de cantora, boa cantora, aliás, mas com repertório discutível, é modelo, apresenta comercial de cerveja, apresentadora de TV e entre seus atributos comenta-se sua simpatia. O que é interessante nesta legitima representante da mídia atual, além de sua capacidade de atuação, é a unanimidade quanto a sua simpatia não sendo questionada sua produção musical cujo DVD prima com a música que supostamente alude a um doce de chupar comum na Bahia, “música” de extremo mau gosto; os exemplos são muitos e os que vêm da TV são muito gritantes. Aos domingos apresentadores lançam bordões previsíveis que demonstram certa precariedade no tratamento. Dois, de canais diferentes e rivais na audiência, transformam a historia de que o “povo pede“ em exemplos muito didáticos onde a voz de locutor de futebol acaba irritando com a altura com que é pronunciada e o segundo como uma delicadeza preocupada que nada tem de didática. Ambos foram envolvidos em acirrados debates quanto à qualidade de conteúdo televisivo e um deles chegou até a forjar um entrevista com representantes do PCC em farsa que culpou apenas produtor e não apresentador, como se o conteúdo fosse de total desconhecimento de quem apresenta. O resultado de toda trama culpou subordinados e nada foi feito quanto à qualidade que dispensa comentários. Alguns ainda apelam para mulheres nuas, disputas de paquera, piadas nem sempre muito éticas e outras coisas que fica difícil entender, já que estamos falando em padrão de qualidade e as pessoas que supostamente fazem parte destes programas ganham salários milionários que por si já os fariam participar de um mundo pretensamente culto. Com acesso a outros mundos do entretenimento e suas opções para uma melhor qualidade e acesso ao publico. Mesmo os veteranos que participaram da inauguração da nossa TV parecem que estão cada vez mais cegos para o problema da educação e insistem numa espontaneidade forçada impondo uma realidade que demonstra o que Joãozinho Trinta disse em uma de suas entrevistas: “Quem gosta de pobreza é intelectual pobre gosta de luxo”, será? O luxo não seria um irmão da classe e da elegância? Ir contra políticos nestes programas, defendendo uns, e protegendo outros com o dedo em riste cheio de diamantes não seria um contra-senso? Quando seu próprio programa poderia ser um exemplo de cultura para que as pessoas pudessem pensar por si mesmas? Outros ainda esperam impor o poder econômico do capitalismo com o bordão “Você está demitido” como se todo grande empresário tivesse a necessidade de ser arrogante, o que não é verdade. Impõem tudo, a cultura, maneira de vestir, de se portar, de cortar o cabelo, tudo é muito pensado, lançam modas faraônicas como casar em castelos franceses, importando vestidos de outros paises como se não houvesse gente com nome aqui capaz de ter bom gosto. Enquanto a maioria do povo ainda espera representantes dignos que não os pensem apenas como consumidores de sopa para emagrecer, mas os alertem de maneira imparcial fazendo bem o trabalho de divulgação da cultura essencialmente nacional essas pessoas introduzem a cultura texana do Country e esquecendo que nosso campo é farto em flora e fauna e nossa gente faz parte dessa natureza, exatamente ao contrário do deserto americano. O rococó coube apenas a um período renegado da cultura que ostentava o horror ao vazio e é esta a idéia desses personagens que se vestem, comem e se despem como se fossem todo dia a uma festa extravagante.Concluo que a rusticidade está exatamente em impor valores contra a nossa cultura, que de tão bela e frágil, fica a mercê de poderosos porque é simples, e o simples é muito difícil de fazer e no nosso caso está feito.
Fotógrafo Weigee.
Duas senhoras bem vestidas ignoram uma pessoa simples em função da maquina fotográfica.
Duas senhoras bem vestidas ignoram uma pessoa simples em função da maquina fotográfica.
Por Iomar Travaglin
2 comentários:
intiresno muito, obrigado
bom comeco
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